Para o Google, a web não é feita de textos, mas de coisas. Pessoas, lugares, conceitos, marcas. Esses são os objetos, ou entidades, que o Google tenta entender e conectar.
Enquanto a maioria dos SEOs ainda foca em strings de palavras-chave, os estrategistas de alto nível miram nas Entidades de Busca (Search Entities). Dominar essa técnica é o caminho mais eficaz para construir autoridade real e vencer a concorrência em nichos complexos.
O que é uma Entidade de Busca e por que ela é a chave do ranqueamento?
Uma Entidade de Busca é qualquer coisa que possa ser nomeada e distinguida de forma única. Pode ser uma pessoa (Ex: Gary Illyes), uma marca (Ex: Gray Hat), um conceito (Ex: SEO Multimodal), ou um evento (Ex: Google Core Update de 2024).
Por que o Google ranqueia entidades, não apenas palavras-chave?
O Google usa o Knowledge Graph (Grafo do Conhecimento) e modelos de IA como o MUM para entender a relação entre as entidades.
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Palavra-chave: Ambígua. Se você busca por “Apple”, quer a fruta ou a empresa?
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Entidade: Clara. O Google associa a palavra “Apple” à entidade “Apple Inc.” e a palavra “CEO” à entidade “Tim Cook”, entendendo a relação posição de trabalho.
Ao otimizar para entidades, você não apenas ranqueia para a palavra-chave, mas se posiciona como uma fonte autoritativa sobre o tópico completo na mente do Google. É a base do E-E-A-T.
Ação tática: usando Schema Markup para declarar suas entidades
O Schema Markup é a sua ferramenta mais poderosa no SEO de Entidades. Ele é a maneira de dizer ao Google, de forma inequívoca, que tipo de “coisa” você é e sobre o que você está falando.
Muitos usam Schema apenas para receitas ou avaliações; o uso estratégico é o que importa:
| Entidade Principal | Schema Markup Essencial | O que sinaliza ao Google |
|---|---|---|
| Seu Negócio | Organization e LocalBusiness |
Define sua marca como uma entidade no Grafo do Conhecimento. Use a propriedade sameAs para linkar seus perfis sociais. |
| Seus Autores | Person |
Essencial para o E-A-T. Associa o autor (Entidade) ao conteúdo que ele escreveu. Use sameAs para linkar o perfil do autor no LinkedIn, X, etc. |
| Seu Conteúdo | Article, BlogPosting |
Descreve o tópico. Avançado: use a propriedade about para linkar entidades específicas dentro do texto usando URIs (como as do Wikidata), consolidando o tópico. |
Dica Prática: Garanta que o nome da sua marca (Gray Hat) e dos seus autores estejam consistentemente definidos com o Schema Organization e Person em todas as páginas-chave.
Conteúdo avançado: a estratégia de conexão de entidades
O poder do SEO de Entidades reside na construção da rede. Você precisa provar ao Google que sua entidade central (o seu Hub de Conteúdo) tem ligações fortes e relevantes com outras entidades do seu nicho.
1. Construa Pontes Internas (Linkagem Semântica)
Em vez de apenas linkar por palavras-chave, linke para reforçar a entidade.
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Ao escrever sobre o nosso sucesso em GEO, link para o seu artigo [Guia Definitivo de SEO Multimodal] e use o anchor text que nomeia a Entidade. Ex: “nosso artigo sobre a estratégia de SEO Multimodal…”. Veja que no quarto parágrafo citei 3 links internos.
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Ao falar sobre uma técnica de SEO, link para a página do autor que a criou (se for o caso), estabelecendo a relação Pessoa-Conceito.
2. Referencie Entidades Externas Relevantes
Se você citar um estudo, uma ferramenta ou uma pessoa, link para a fonte oficial.
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Ao falar sobre algoritmos, link para a Central da Pesquisa Google.
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Ao mencionar uma ferramenta, link para a página do produto (Ex: link para a página principal do Semrush).
Essa linkagem externa, quando feita com fontes de alta autoridade, mostra ao Google que você está “no mesmo universo” de entidades confiáveis, elevando sua própria autoridade.
O Resultado: Vencer a Cauda Longa
Quando você mapeia corretamente as entidades, o Google não precisa mais da palavra-chave exata para te ranquear. Ele entende o contexto.
O seu artigo sobre “SEO Multimodal” não ranqueia apenas para esse termo; ele se torna uma fonte de autoridade para toda a rede de entidades relacionadas (IA, SGE, GEO, etc.). Isso permite que seu conteúdo responda a uma cauda longa de perguntas complexas que a concorrência nem sequer consegue mapear.